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02-06-2006

Debate sobre o Movimento Associativo com sala vazia


Oliveira do Bairro

Os vários responsáveis associativos do concelho e do distrito perderam uma oportunidade única de terem assistido a um debate acérrimo sobre “o movimento associativo em Portugal - que futuro”, que a Filarmónica União de Oliveira do Bairro (FUOB) realizou, no último sábado, dia 27 - referiu ao Jornal da Bairrada Miguel Ramiro, presidente da FUOB.

Sem cunho político

Com apenas 20 pessoas no salão nobre da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, incluindo políticos, jornalistas, e elementos da FUOB, Miguel Ramiro, referiu que “a iniciativa visava analisar em conjunto as inúmeras dificuldades que são encontradas, diariamente, no movimento associativo”.

Sublinhou que o debate “não tem o cunho político como devem ter, por exemplo, os encontros, promovidos pela Federação Nacional das Associações Juvenis ou pela FAJADA”.

“Não estamos aqui para falar mal deste ou daquele Governo ou desta ou daquela Câmara. Estamos aqui para debatermos os reais problemas que temos. É necessário sensibilizar, isso sim, todos os responsáveis, sejam eles económicos ou políticos para, em parceria, podermos encontrar soluções para a concretização dos nossos objectivos”.

Miguel Ramiro afirmou que ainda “são muitas as associações que, em Portugal, têm vindo, ao longo do tempo, a dar respostas às diversas necessidades sociais, contribuindo para melhorar a qualidade de vida da sociedade”.

“As associações são centros de cidadania, fóruns de participação e escolas de aprendizagem e enriquecimento permanente”. Por isso, justificou que “queremos com esta iniciativa contribuir positivamente para o fortalecimento do nosso movimento associativo e para o enriquecimento da nossa cultura”.

Assim como Miguel Ramiro defendeu a necessidade de saber colocar em segundo plano as ambições pessoais e em primeiro plano os interesses colectivos.

Sala vazia

Relativamente à pouca afluência registada, Miguel Ramiro argumentou que “o movimento associativo é o reflexo da sociedade em que vivemos. O crescimento acelerado de qualquer região gera sempre desequilíbrios quando não se atenta nas suas consequências possíveis”. Assim, “urge a necessidade de nos preocuparmos com o movimento associativo e devemos todos nós desempenhar um papel activo na denúncia dos atentados diariamente praticados”.

“É de excluir todos aqueles que vêm para o movimento associativo com o intuito de se promover ou arranjar uma forma de trampolim para outros voos”, acrescentou.

Marasmo na sociedade

O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, Mário João Oliveira, congratulou-se pela iniciativa e mostrou algum descontentamento com a fraca afluência, sublinhando que o concelho tem cerca de 100 colectividades.

Realçou a qualidade dos oradores e dos temas a serem debatidos, apelando aos presentes que dêem a conhecer aos colegas as principais conclusões do encontro.

Por seu lado, Couto dos Santos, ex-secretário de Estado da Juventude e ex-ministro da Educação, começou por afirmar que se sente um marasmo na sociedade e que as pessoas estão ausentes da participação.

Couto dos Santos recordou ainda que “é no movimento associativo que se formam as pessoas para exercer cargos públicos”. “A lacuna maior que existe na sociedade é a participação. Há uma participação fechada entre si próprios, não há uma ligação à sociedade. Há uma falta de seiva”, reforçou Couto dos Santos.

Já Luís Monteiro, sociólogo, referiu que “o movimento associativo em geral, como era há 20 anos, desapareceu, assim como desapareceram os objectivos e o próprio modelo orgânico”.

Contingentes parecidos

Hermínio Loureiro, ex-secretário de Estado da Juventude e Desporto, justificou que “muitas das dificuldades que se viviam há 20 anos, 20 anos depois, os contingentes são parecidos”.

Sublinhou ainda que “muitos dos problemas do movimento associativo não se resolvem com o financiamento das associações”, no entanto, disse concordar, com a perspectiva de Couto dos Santos, de que as associações devem ser financiadas em 50%”.

Defendeu que deve ser feita uma reestruturação nos organismos estatais de apoio à juventude, devendo “ser criado um único sistema de gestão na área da juventude”.

O adjunto do secretário de Estado da Juventude e Desporto, Eduardo Cordeiro, afirmaria ainda que o governo tem conseguido consensos em matérias relacionadas com a juventude, sendo necessário ouvir os jovens, mesmo que haja desacordo em relação às ideias.

Pedro Fontes da Costa
pedro@jb.pt


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